quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Tributo a você

Ah se você soubesse a falta que você me faz...
Daqui há alguns dias eu vou completar quase a idade que você tinha quando fui sua. Aquela garota ainda sente falta da sua orientação aos meus gestos descuidados e inexperientes. Sinto falta do cheiro dos livros no seu apartamento, dos encontros às escondidas, das propostas indecorosas e das mensagens indiretas que começaram tudo.
Aquela subversão livre de regras me trazem um sorriso malicioso no canto da boca.
Hoje é uma madrugada chuvosa e eu me sinto inquieta e confusa por aquele contato que você não prosseguiu comigo. 
Sinto falta das suas digressões que não acho mais nas páginas da internet, do seu toque e dos nossos desvaneios mais descabidos que confidenciamos um ao outro. 
Essas palavras eu disserto sussurrando no meio da noite, eu declamo na minha mente enquanto toco minha carne querendo você comigo. 
Sinto falta do seu peso sobre mim na sua cama de solteiro enquanto balbuciava absurdos no meu ouvido. 
Percebo meus pêlos crescendo e lembro o quanto gostava de observá-los molhados com meu desejo. Meus lábios se abrem e sentem sede de você aqui, meu corpo se contorce e se consome por esse furor que me é constante. Chamo seu nome em voz alta lembrando do seu rosto corado na presença de outras pessoas ao redor de nós dois. 
Sinto falta da sua satisfação ao me ver contar das minhas imersões com outras pessoas, eu tenho novas histórias que gostaria de saber.

Você foi meu segredo mais saboroso e ainda percorre minhas entranhas quando mergulho meu dedos entre as pernas. Depois de tantos anos ainda consegue mexer com a minha libido sem provavelmente saber disso.
Eu sempre quero lembrar de você quando esse fogo me consome e me tira do eixo, das aventuras sem calcinha na sua porta, dos pornôs caseiros, da sua timidez na nossa primeira vez e até da sua seriedade em não confundir trabalho com prazer.

Se você soubesse a falta que você me faz, poderíamos estar enlouquecendo novamente. Agora com uma mulher que te deseja como aquela garota pra quem você abriu um mundo de possibilidades.

Me contento com a paixão que o tempo não me deixa esquecer. E os trovões dessa noite me traduzem enquanto te ofereço cada fluído meu. Os céus enfurecem como meu desejo que ecoa com meus gemidos da saudade que é ter você dentro de mim.
 A calmaria do fim da tempestade acompanha a melancolia da minha alma saciada por essas memórias. Fico em brasa, ofegante, calada e com ainda mais vontade, porque você sempre habita meu imaginário.

Queria que me ouvisse daqui, como a chuva na sua janela... Ah que falta você me faz!

Insight VII


 Às vezes eu paro toda a atividade do dia a dia para contemplar meu desejo. Eu penso na cobiça de cada centímetro meu. Penso em alguéns aleatórios explanando minhas curvas voluptuosamente. Os detalhes me prendem, como o som da lubrificação dos corpos se esfregando, as bocas sugando minha loucura, o tirar da roupa roçando nos meus mamilos, a agressividade sufocando meu pescoço, o puxar dos cabelos, o suor escorrendo por entre os poros, o arrepiar dos pelos. Urros e sussurros ao pé do ouvido, o linguajar pecaminoso e sujo proclamado entre quatro paredes. Meu descontrole me alcança em todos aqueles que eu imagino comigo, ora homens, ora mulheres, por vezes só me observando, outras me provando, solo ou em grupos, sendo protagonista ou só espiando.
Eu mergulho em minha carne e a umidade nela me atiça, me enfurece, me faz balbuciar baixo minhas loucuras enquanto sinto minhas entranhas escorregarem em satisfação. Eu visualizo corpos nus, orgãos isoladamente iluminados, lábios, seios, vulvas e falos se tocando e sendo estimulados.  A sexualidade alheia me fascina, as imagens se sobrepõe entre fantasia criada e realidade vivida. A obscenidade generosamente invade minha alma, sinto minhas pernas bambas, meu eixo trêmulo, a respiração falta, a boca saliva, os músculos se contraem e me deparo com o prazer me preenchendo incansavelmente como um curto circuito. Eu encharco a cadeira e esvazio a mente, me distraio das atribuições para abraçar a liberdade que me contempla.

Meu tatuador

Tínhamos nos percebido desde o primeiro instante. Nos vimos e logo nos identificamos, mas continuamos calados e distantes. Toda sexta-feira eu chegava e ele já está lá sentado na cadeira esperando sua vez e eu ficava do outro lado da sala fazendo o mesmo. Trocávamos olhares, mas só. Às vezes ele me pegava olhando e vice e versa. Estava claro uma certa curiosidade, mas ninguém tomava iniciativa. Comecei a sair de casa pensando na roupa que achava que ele gostaria, sem nem saber seu nome. Eu prestava atenção nas suas conversas pelo celular, no estilo de se vestir e nas tatuagens amostra pelo corpo. 
Depois de algumas semanas eu já esperava encontrá-lo, quando certa vez não o vi na cadeira de sempre, procurei rapidamente por outros espaços até sentir um estranho alívio ao revê-lo. Sua presença me cativava e seu sorriso molhava minha calcinha. Uma vez ele dirigiu a mim um comentário disperso sobre o dia, eu reagi sem falar muito, mas entendi que era só uma desculpa para quebrar aquela distância. Conforme passavam os encontros parecíamos mais a vontade um com a presença do outro, já trocávamos bom dia sem estranheza. 
Em outra vez, ele cochilava na cadeira encostado na parede, e eu fiquei calada em outro banco próximo, analisando seus cílios compridos, as falhas da barba e uma tatuagem que fogia do peito por entre os botões da sua camisa xadrez. Acordou quando chegou sua vez de ir embora eu arrisquei perguntar do nada: "você por um acaso não é tatuador não, é?" - ele sorriu e me confirmou que sim e se inclinou em minha direção. Eu fingia normalidade por fora, mas formigava por dentro e me atrapalhei algumas vezes nas palavras ao tentar explicar meu interesse por sua profissão e descrever a minha, que até aquele momento ele havia pensado que também era de tatuadora por causa dos meus rabiscos pelo corpo. Estendeu a mão para se despedir e eu não soube como cumprimentá-lo, me confundi, acabei fechando os dedos nos dele e senti a textura grossa de sua pele. 
Na sexta-feira seguinte eu tentei me conter para não me produzir muito e declarar minha intenção óbvia demais. Ele por sua vez estava muito bonito, não que não fosse antes, mas notei um certo esforço na conjuntura das peças dessa vez. Uma camisa personalizada preta que o vestia tão bem quanto eu gostaria de vestir seu peito. Uma jeans azul na minha lavagem preferida e um boné de aba reta combinando. Eu logo que pude, sentei ao seu lado e comentei da camisa. Fomos conversando daí sem fim, a gente tentava falar e manter os olhos nos celulares como se tentássemos convencer que nossa atenção não era exclusiva. Atravessamos diversos assuntos, inclusive política e problemas sociais, o que foi bom saber, que ele lutava do mesmo lado que o meu. Em alguns momentos eu me distraia com seu perfume, daqueles tipos claramente masculinos e amadeirado, não havia reparado nisso das outras vezes, desconfio que eu teria percebido antes e escolhi acreditar que talvez fizesse parte do esforço para me reencontrar. Às vezes sua imagem ficava muda, o cheiro me fazia hipnotizar junto com seus olhos, que descobri, serem amendoados e combinavam perfeitamente à linha d'água que parecia contornada a lápis. Eu estava bem perto dessa vez e fiquei viciada em sua boca, imaginava como seria um beijo seu e me questionava até que ponto seu cavanhaque me excitaria se rosçasse no meu pescoço. Enquanto eu o ouvia minha língua ficava inquieta e caminhava por entre meus lábios. Eu estava mais tranquila que no início, mas ainda policiava meus olhares. 
 Mais uma semana acontecendo e eu me deparava lembrando do seu sorriso. Não sei se ao menos se lembrava de mim, mas ele sempre vinha na minha cabeça e entre minhas pernas. Viajava com as possibilidades do seu corpo no meu, via seus dedos caminhando por cada parte minha, imaginava como seria o seu gemido de êxtase no auge do seu deleite me consumindo. Parava várias vezes ao dia para contemplar as cenas de suor e satisfação que vinha à minha cabeça e inquietavam meu sexo, me imaginava provando seu gosto enquanto ele bebia do meu. Eu sentia minhas partes úmidas e me divertia sozinha sonhando com suas mãos ásperas na minha cintura me conduzindo pra senti-lo dentro de mim. Flutuava a língua no ar idealizando como seria seu toque, ora doce e delicado, ora furioso e faminto. Ardia querendo que brincasse com meus seios enquanto eu sentasse no seu tesão. Me estimulava e transbordava de loucura nas possibilidades do meu desejo encher sua boca.

Essa agonia me alimentava toda a semana e reabastecia a cada sexta-feira, a atração platônica ficou tatuada em mim e ainda me visita até hoje.



segunda-feira, 17 de julho de 2023

Nós

Estávamos deitadas brincando com a ideia de ficarmos juntas. Éramos amigas há muito tempo, mas nunca fomos confidentes e eu estava em seu apartamento somente aquela noite. As risadas cessaram por alguns segundos e ficou um silêncio constrangedor no ar, enquanto nos olhávamos fixamente. Ela sorriu com os olhos e mordeu os lábios, eu cheguei mais perto e esperei ela retribuir a aproximação...

Há tempos eu não sentia uma boca tão delicada e ao mesmo tempo ávida para ser beijada. Fomos sentindo o corpo uma da outra e esquentando entre os lençóis. Eu acariciei seus seios sob a camisola, sentir os mamilos rijos aumentava minha fome, eram fartos macios e deliciosos. Tirei a alça pra sentir sua pele, seu cheiro, enchia as mãos e sugava, ela se contorcia, eu mordia, lambia, ela gemia. Abri suas pernas e travei as minhas por cima. Senti sua calcinha molhada, eu a torturava esfregando a mão de leve em cima do tecido úmido. Quando ela gozou, eu fiquei a admirando, e por algum tempo perdi o controle. Ela avançou, tirou minha blusa e retribuía meus beijos e afagos. Nossos seios se encontraram e roçavam um no outro. Ela tirou meu shorts e pra sua surpresa eu não usava mais nada pra dormir, maravilhada ela debruçou seus lábios finos nas minhas partes carnudas. Me fitou por uns instantes enquanto mergulhava dentro de mim, eu vi a ambição, ela lambia e sugava meu clitóris faminta e ao mesmo tempo afundava seus dedos, eles entravam e saiam e me faziam estremecer, foram substituídos por sua língua que me invadiu freneticamente até eu encher sua boca com meu delírio.
Ainda tínhamos fome. Voltei a alcançar seus seios e a rendi novamente, agora eu retiribuia seu gesto. Encontrei seu vértice encharcado e provei seu gosto, sua vulva era rosada e seus pequenos lábios salientes e tenros, minha lingua penetrou sua vagina, explorou seu grelo avantajado e chupou todo seu adocicado nectar. Suas suplicas me enlouqueciam e entrei em extase quando esguichou em mim, me embebedei do seu prazer.

Fomos para o banho, a água caminhando em seu corpo, sua sensualidade a alguns toques de mim, seus beijos e carícias molhados, eu a queria de novo. Me afogava no chuveiro para alcançá-la, dedilhava suas curvas enquanto ela sussurrava seu tesão no meu ouvido. Desliguei a água e a pousei sobre a banheira abaixo de nós, ela se entrega e se oferecia, consegui me encaixar por cima, como um homem faria para encaixar seu falo, comecei a enfregar meu sexo no seu, entramos num transe irracional, jorramos juntas a loucura que nos consumia. Uma se satisfazia com o prazer da outra. Naquela noite só paramos quando esgotamos nossa energia e nosso desejo.

sábado, 24 de junho de 2023

Armadilha

Ele me olhou a noite toda, mas eu estava ficando com o dono festa. A casa foi esvaziando no meio da madrugada e o vi conversando com meu acompanhante. Eu estava sentada próximo ao balcão do bar quando os dois se aproximaram, fui apresentada e passamos alguns minutos interagindo agradavelmente uns com os outros, mas ele ainda me fitava com um sorriso malicioso. 
Quando meu novo pretendente se ausentou para ir ao banheiro, meu parceiro me abraçou pelas costas e fui surpreendida com uma proposta em meu ouvido: meu mais profundo desejo poderia ser realizado naquela noite. Eu o beijei como sinal de consentimento enquanto o único convidado que restou nos observava, virei o rosto e finalmente sorri com a condescendência que ele ansiava. Fui em sua direção, segurei em seu rosto e experimentei aqueles lábios que tanto me provocaram a noite toda.

Estava cercada, dois homens robustos e o vigor protuberante que sentia em suas calças. Ser cobiçada assim me fazia transbordar, eu era como um barco na tempestade, não tinha controle e tentava me manter firme, mas no meu caso eu não tinha nenhum problema em naufragar com eles. Revezava os beijos e me perdia nas mãos que percorriam meu corpo. Fui aos poucos levada para o quarto. Um acariciava e se lambuzava nos meus seios, já amostra, o outro se esfregava na minha bunda enquanto beijava meu pescoço. Tiramos as roupas durante aquele conflito e eu deitei na cama, os rapazes estavam empenhados em me enlouquecer, um explorava com sua língua, sugava meus mamilos tão avidamente que me fazia oferecer ainda mais néctar ao outro, que provava meu gosto entre as pernas. Escapei por alguns segundos e engatinhei sozinha sobre os lençóis. Meu cúmplice, na beira da cama, puxou meu quadril e me penetrou, nosso convidado foi para a outra ponta e era minha vez de saborear seu desejo. 
Eu sucumbia àquela loucura minuto a minuto, mudávamos de ordem e posições, eu me deleitava sem qualquer domínio. Em um momento fiquei exatamente como imaginava em meus devaneios sobre um ménage à trois, estava deitada de lado, um me encarava enquanto alcançava ponto a ponto dentro de mim pela frente e o outro me segurava firme enquanto encaixava seu tesão por trás. O ritmo começou leve e se ajeitou sozinho. Num ato farto e egoísta, aquela luxuria era contradáitoriamente divina e meu regojizo era dubiamente delicioso

sexta-feira, 16 de junho de 2023

Date

Chegamos ao quarto de hotel, e ao som de uma música envolvente corri para acender um cigarro. O encontro tinha sido gratificante até ali, mas eu estava confessadamente ansiosa para como seguiriamos. Ele tirou a camisa e passou a me observar debruçada na janela, senti aquela cobiça esquentando meu corpo e o fitei sobre o ombro por um segundo, sorri e dei mais um trago. Imediatamente ele se aproximou, segurou meu pulso, levou o cigarro para si, se aproximou e soltou a fumaça na minha boca já semi aberta. Nos beijamos e ele me pressionou contra parede e fui obrigada a largar meu vício para abraçar meu mais novo interesse. Entrelaçei as mãos em seu pescoço e fechei os olhos, ele tinha lábios carnudos e um beijo calmo e provocante como eu apreciava. Suas mãos caminharam até meus seios que estavam protegidos somente com o tecido da blusa, ele os massageava e apertava sentindo que eu o correspondia, puxou o tecido para baixo e começou a lambuzar meus mamilos. Eu perdia o controle e já tinha a respiração alterada e o corpo entregue. Ele me segurou firme pela cintura e me virou de costas, segurou minhas mãos pra cima e pressionou sua virilha contra mim, eu sentia sua rigidez entre minhas nádegas, foi o bastante pra eu me empinar e provocá-lo como réplica. Tiramos as calças e continuamos naquela dança quente. Ele puxava meu cabelo, beijava meu pescoço e declarava seu desejo no meu ouvido. Eu estava presa ali e cada vez mais entusiasmada, o que ele percebeu quando me tocou entre as pernas. A umidade da calcinha declarava minha satisfação. Ele puxou o tecido para lado e afundou os dedos na minha loucura, quando eu estava enfurecendo, encostou e esfregou seu membro já despido, na minha carne e me fez implorar para ser submetida a sua vontade. Eu não queria que ele parasse aquela tortura e ao mesmo tempo pedia por ele dentro de mim. Quando me penetrou, me fez sentir cada sentimento que alcançava e meu regozijo foi imediato, salivei boquiaberta. Os movimentos foram ficando cada vez mais frenéticos, até que ele parou e me fez labutar sozinha na loucura que me consumia. Eu gemia alto e apoiava na parede pedindo mais, o deleite chegava tenro, enquanto ele me observava.

Fomos para a beira da cama, eu me mantive ali, agora sentada e plenamente ativa. Ele me estimulava, me xingava, batia na minha coxa. Eu estava convulsiva quando ele apertou meus mamilos e me deixou ainda mais louca. Ele disse que não ia aguentar, eu me encaixei de frente para vê-lo e galopei até o anuncio do seu gozo chegar dentro de mim. Os palavrões e a fúria nos dominava e senti-lo fora de si era tão bom quanto o contentamento do meu desejo.

 A trilha sonora já não importava mais e entre suor, fogo e paixão nossa noite só estava começando.


sábado, 3 de junho de 2023

Insight VI

Ele tocou o tecido de algodão que cobria meu desejo, acariciou minha vontade, umideceu meu orgulho e mergulhou na minha loucura.

Café da manhã

No aconchego dos corpus nus entrelaçados  embaixo das cobertas, eu dormia ainda com um sorriso no canto do rosto pela noite anterior.  Percebi que ele estava acordado quando senti um roçar suave vindo por trás. Senti seu volume crescendo enquanto suas mãos passaram nos meus braços e alcançaram meus seios; as carícias despertaram meus quadris que usei para provocá-lo e retribuir meu contentamento. Ouriça-lo com o meu rebolado era uma das minhas maiores habilidades e eu regojizava em vê-lo pegar fogo. Nos viramos, e ele segurou minhas mãos para cima, as prendeu firme pelos pulsos, o que me fez arquear o corpo em direção ao seu. Baforou no meu colo e ombros seu ar de desafio, lambuzou-se nos meus mamilos por algum tempo, depois parou e me olhou nos olhos enquanto esfregava suavemente seu membro na porta da minha cavidade, minha lombar nao tinha mais pra onde ir de tanto se inclinar, meu corpo estava em fúria,  minha vontade escorria entre as pernas. Eu implorava pelo fim daquela tortura, vociferei palavrões misturados à clemencia. Ele sorriu, ô cochichou vulgaridades no meu ouvido e se dirigiu à minha fonte principal de néctar. Propôs-se a sugar tudo que ali havia, mas era um ciclo sem fim, quanto ele me chupava, mais eu expelia fluído,  e mesmo quando eu gozava e tentava por reflexo sair dali, ele me segurava pelas ancas e mergulhava mais forte em mim, nunca havia estado com alguém tão persistente, tanto que me fez esguichar uma satisfação que ainda me era desconhecida. Encharquei a cama e a boca do meu obstinado nas primeiras horas da manhã.

sexta-feira, 2 de junho de 2023

Insight V


Um calafrio na espinha, arrepio em todo o corpo, um calor entre as pernas que fica em brasa. A brisa do vento, as gotas do chuveiro, todo toque faz imaginar o delírio do que pode vir a ser. Pelo futuro perfeito fica essa febre molhada, quase doentia. Os dedos escorregam por entre os lábios úmidos algumas vezes ao dia, afim de acalentar esse sofrimento, mas só faz acender ainda mais a chama dessa tortura.
A voz rouca ao pé do ouvido, faz a respiração sair do tom, as palavras agressivas que anunciam sua fome por mim causam um salivar fora de hora, a boca se abre, o peito se enche de ar e molha a calcinha. 
Gana de se esfregar em qualquer lugar e hora para sufocar esse desejo que não cessa. Entrelaço as pernas e me contraio, o simples balançar do ônibus vira frissom no contato com o banco; os mamilos não obedecem dentro da roupa, a mente não consegue fugir desses pensamentos. Um constante suplício, prazeroso e angustiante até que esse momento finalmente aconteça.

sábado, 29 de abril de 2023

Amarras II


Depois de saborear algo tão novo quanto a minha entrega à submissão sádica, eu estava vencida. Meu corpo estava desfalecido, dolorido e pulsante. Minhas curvas estavam febris, e a brisa que vinha da janela soprava a realidade flamejante. Já  sem a venda, a claridade me tomava como um vampiro à luz do dia. Ele começou a me desamarrar com um cuidado inesperado, conforme os nós iam se desfazendo eu tomava consciência física da minha fragilidade.

Tirou os espaçadores das pernas, que eu mal sentia, me tirou membro a membro daquela posição infame e me deitou em seu colo, estrelaçou as mãos em meu cabelo e me trouxe até sua boca, me beijou com tamanha paixão que eu reacendi por um instante. Susurrou em meu ouvido: - "agora eu vou cuidar de você".

Me carregou  em seus braços como as princesas dos livros até uma banheira que parecia previamente preparada. As feridas arderam intensamente ao tocar a água aquecida, mas logo a sensação era de alívio. Eu ainda estava exaurida, mas agora a frieza da sala tinha sumido, estava num ambiente inversamente acolhedor. Enquanto desfrutava desse momento,  percebi que estava sendo observada copiosamente, o ar estava tão caloroso quanto seus olhos em mim do outro lado. Se aproximou, beijou meu lábios lentamente como se me alimentasse com sua saliva. Aos poucos foi se dirigindo para o pescoço, colo e seios amostra, fui sentindo sua língua em cada milímetro do meu corpo. Aquela fúria que eu conhecia a pouco, agora se transformava em delicadeza, ainda que com muita astúcia.  Eu estava totalmente entregue, não resistiria nem se conseguisse, embora não quisesse. 

Passou a venerar meu seios, ora deslizando os polegares entre os mamilos, que imediatamente despertaram, ora enchendo as mãos como sinal de gula. Navegou por entre eles por algum tempo, parecia uma gratificação por minha obediência. Se lambuzava com os bicos rijos, os sugava com força, mas sem mudar o ritmo sutil que empregava em cada toque. 

Levantou meu corpo calmamente e me debruçou na beira, agora muito bem apoiada no piso de saída, ficando com os quadris fora d'água. Ele tinha uma visão privilegiada de sua obra. Beijou minhas chagas, e pôs-se a adorar meu ânus e lábios inferiores, eu gemia de regozijo e loucura quando achava que ali derramaria minha nova derrota, penetrou seus dedos em mim com uma das mãos e buscou com a outra meu rosto afim de me olhar nos olhos em mais uma tortura. 

Embora eu não estivesse mais presa, estava igualmente tomada por essa outra faceta que ele me apresentava tão voluptuosamente. Espaçou mais minhas pernas e com meus gluteos empinados, alcançou minha entrada. Pacientemente ele enfurecia meu corpo, que mesmo debilitado, eu oferecia para saciar seu apetite. Caminhava com a língua entre os dois mundos possíveis, acariciou minhas pregas e sugou meu clitóris calmamente. Meu gozo me alcançou intensamente e ele bebeu meu néctar ofertado. 

Brincou com sua glande na minha vulva encharcada, me atingiu profundamente, senti cada centímetro alcançado, usou movimentos calmos de vai e vem, me deixando ébria de volúpia. A fúria o consumia e me ocupava cada vez mais, ele manteve o ritmo rarefeito, nos tornamos uníssonos ecoando nas quatro paredes, até eu sentir o calor do seu gozo me invadir por inteira e me fazer transbordar também.
Ele me rodava pelos cantos enquanto estava sentada em seu colo, era nossa brincadeira preferida. Aos risos nos olhamos e um clima diferente pairou no ar, nos beijamos e o que começou brando, parecia incendiar. Senti seu braços fortes me apertarem com furor e seu membro acordar por dentro da calça. Conferi com as mãos e acariciei o volume. Com a temperatura aumentando, tiramos as blusas, ajustei minhas pernas e me encaixei entre as rodas para ficarmos de frente um para o outro. Eu entrelacei as mãos na sua nuca e ele em meus cabelos; bocas abertas, linguas dispostas ao tato do que estivesse ao alcance, explorando orelha, sugando o pescoço, percorrendo os ombros e torax; mãos confusas e empolgadas. Me esfregava em seu nele até a gana me consumir intensamente, a cadeira sacudia mesmo apoiada na beira da cama. Mostrou para mim sua carne, eu a transpassei por entre minhas coxas, ele usava a destreza das mãos para massagear e lamber meus seios como pouco haviam feito, enquanto eu sentava freneticamente em sua extravagância. Nos olhamos nos olhos até saciar aquele desejo ambicioso que quebrava paradigmas.

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Amarras

Me deitou nua de bruços no braço do sofá, prendeu minhas mãos, eu permiti porque já tinha demonstrado interesse em práticas como essa. Também amarrou minhas pernas, mas com um afastador, que as mantinha ligeiramente abertas e atou muito bem cada extremidade que sobrara das cordas. Me senti indefesa, ouvir seus passos enquanto me inspecionava me deixava inquieta e quando me contorcia sentia os nós apertarem. Ele não ficou satisfeito com a altura dos meus quadris, resolveu então levantá-los com apoio de livros que tinha na prateleira. Escolheu Marques de Sade, que julgou fazer sentido àquela proposta.

Veio até mim e exibiu um chicote clássico de hipismo, o que me pareceu inofensivo no primeiro momento, mas seu sorriso malicioso no canto do do rosto, enquanto se levantava, estremeceu minha confiança.
 
Vendou meus os olhos e passeou com o couro pelo meu corpo. A medida que deslizava a pele arrepiava e a lentidão com a qual ele executava, deixava claro o quanto apreciava minha agonia. Quando chegou nas curvas maiores, minha boca encheu d'água, minhas mãos nas costas tentaram se soltar intuitivamente, as cordas estreitaram os laços ainda mais. O chicote subia por entre uma das pernas e estacionava no meio, como se quisesse checar minha umidade, o contato do couro me atiçava, a escuridão trazia uma confusão entre sofrimento e satisfação.
Sem anunciar açoitou minhas nádegas, involuntariamente gemi e arqueei o corpo, dava pra ouvir sua respiração profunda, duas... três... quatro chibatadas... Eu já ardia em chamas e implorei para que me penetrasse, recebi mais uma chicotada em retaliação e percebi que ao me contorcer meus grandes lábios se friccionavam entre si e na capa do livro. 

A medida que eu sofria, também recebia recompensa com os reflexos do meu corpo. O motivo dos urros já se misturavam entre dor e prazer, minhas pernas tremiam, o contorcionismo me aproximava do deleite. Esfregava meus mamilos eriçados no estofado, vibrava e roçava sobre Filosofia na alcova a cada estalo do couro. De boca aberta, me espremi, perdi a voz e delirei ofegante e combatida.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Insight IV

Me sentia suja ao cavalgar no braço do sofá. Era minha inocência falando, o desejo que eu não entendia e a moralidade que me condenava.

Eu

O estado febril de outros corpos me acende não importa se são homens ou mulheres. Perceber o regojizo alheio também abastece minha libido. 
Eu contorço minhas pernas enquanto escrevo, contraio meu corpo num fio de esperança de encontrar um acalanto na inquietude.  Mas os lábios friccionados um contra o outro só me trazem um calor que sobe até o pescoço.  De repente uma das minhas mãos alcançam a nuca, descem até os seios que dançam já soltos sob o tecido, a outra percebe a calcinha molhada e meus dedos descobrem uma poça e se afogam no desejo. 
A alça caindo sobre o ombro, o abocanhar do seio sobre o tecido, a fúria ao abrir a camisa sem desabotoá-la. O corpo côncavo a cada toque;
Uma sinfonia de caos a cada sussurro; A loucura invadindo o espaço farto entre os pequenos lábios. O frenesi constante e uníssono. O cavalgar da insensatez. A submissão ao novo; o roçar da barba nas costas, o beijo grego tão ansiado, a penetração duplamente delirante. A lágrima de descontrole involuntária nos olhos. O êxtase do infinito ... a chegada da chuva negra há tanto desejada num misto de recompensa e submissão.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Insight III

Ele se encantava com a flor no meu cabelo, já se passaram muito anos e tal enfeite nada mais tem a ver comigo, embora ainda o guardasse numa gaveta esquecida. Me lembro de seus olhos pequenos me encarando, acompanhando as linhas do meu corpo.
Na primeira vez navegamos nas 5 letras que os amantes procuram pra desafogar seus desejos. Ele me espiou no banho, se aproximou timidamente encantado, como se não acreditasse que eu permitiria que me tocasse. Sua admiração alimentava meu ego e seu toque fazia flamejar minha libido.

Pretérito imperfeito

A insonia é resultado da minha mente saudosa e do meu corpo carente. Imagino seus braços laçados na minha cintura, seu chêro em meu pescoço e sua respiração ao pé do ouvido.
O futuro se embaralha com o passado e dá saudade do que ainda não experimentei com você. Sua boca me provando, minha fúria te pedindo pra estar dentro de mim como uma fêmea no cio e a dor protagonizando e subvertendo a lógica do prazer. 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Aguei



"Às vezes me divirto sozinha
Às vezes me divirto pensando em você
Eu provo do gosto que é meu e é bom
Ouço minha voz no meu ouvido
Imagino o som de nós dois juntos
(...)
Eu acho que cê cabe na minha boca 
(...)
Se eu pedir, vem me encontrar
Melhor que pensar, é fazer, vem me encontrar"

Aguei - Anavitória e Jovem Dionisio

domingo, 28 de agosto de 2022

Verônica

Verônica o fez vê-la se deleitando em suas próprias mãos, a medida que dissolvia ele se aproximava, suspirando em seu pescoço, beijando seus seios e acompanhando seu delírio aumentar. Olhos apertados, pulsos firmes e boca salivando... Ela gemeu em seus ouvidos, cada centímetro de sua pele arrepiou-se ao presenciar Verônica chegar ao êxtase. Da beira da cama foi arrastada até a cabeceira, ainda estava sedenta para encarar a fúria que causara, um encontro de risos no canto da boca abriu caminho para a união profunda e ardilosa de dois corpos diluídos na loucura.

domingo, 19 de setembro de 2021

Famintos


Eles entram no quarto de hotel e Paulo logo a agarra na cintura pelas costas, a paixão o apressa como se o tempo fosse se esgotar no próximo minuto. Ela o recebe e estende uma das mãos procurando sua nuca a fim de acalmá-lo. Elis balança seus quadris vagarosamente sobre as calças dele para degustar, mas não saciar a fome imediatamente. Em resposta ele diminui o ritmo, beija seu pescoço e acaricia seus seios, encontrando a fragilidade de sua parceira, que arqueia o corpo.
De frente, eles se beijam com um calor e paixão que transbordam o cômodo. Paulo pára e a observa por um segundo, mira nos mamilos rijos que aparecem sob a camiseta e os abocanha sedento. Elis estufa o peito pedindo mais e estremece quando sente uma das mãos dele caminhar entre suas coxas.
A temperatura aumenta e ambos auxiliam um ao outro a se despir, Elis desabotoa a camisa enquanto ele tira as próprias calças. Paulo desce o shorts jeans e a ajuda a livrar-se das mangas da roupa nos braços.

Paulo vira Elis de costas, prende seus braços sob a cabeça e a rende contra uma parede. Ele lhe dá beijos nas costas e sente seu corpo tremer ao tocar a umidade da calcinha. Elis sente seu corpo pressionado e gosta da força dele em seus pulsos, fica extasiada com a protuberância de Paulo roçando sua entrada já encharcada. Ela empina as nádegas convidando-o, ele continua e provoca, a acendendo ainda mais.

Aquela mulher tranquila some e implora por ele. O garoto afoito se transforma porém, num legítimo calculista, a carrega para a cama e a incita centímetro por centímetro, caminhando com seus lábios por suas orelhas, demorando nos seios,  sugando e mordiscando os mamilos devagar o que faz Elis sair de si. Ela abre os joelhos e ele se deleita no néctar que escorre dela. Ouvir ela gritar faz Paulo abrir os olhos para espiá-la e alimentar ainda mais àquela insanidade que a consome. Ele aumenta a velocidade da língua circundando seu clitóris, ela agarra os lençóis e urra num furor incontrolável que a faz querer fugir e ficar ao mesmo tempo.

Paulo beija sua virilha e se ergue sobre ela. Elis sente uma eletricidade passando pelo corpo e percebe o prepúcio dele tocar sua vulva novamente. Ela sente seus grandes e pequenos lábios umedecerem rapidamente com os movimentos para cima e para baixo na fenda. Ele afunda dentro dela, se retira e afunda novamente. Elis ergue o quadril pedindo por ele, o clima efervescente cresce, suplica para ser inundada. Ela agarra Paulo, arranha suas costas e geme alto em seu ouvido. Ele enfurece e mergulha fundo frenéticamente até o êxtase. Elis também regojiza. Os dois desabam.
O peso sobre ela a faz sentir em segurança . Paulo acaricia seus cabelos e pensa que ao invés de saciar sua fome ela acabava de o deixar ainda mais faminto.

segunda-feira, 22 de junho de 2020

insight 2


Quando ele a viu se exibindo como quem estivesse distraída, somente de calcinha no banheiro, daquelas que desenhavam muito bem suas curvas, ele logo chegou perto, por trás cheirou seu cabelo, abraçou-a tocando em seus seios e se roçou entre as pernas dela a fazendo sentir seu já protuberante entusiasmo. Ela sorriu, pois sua provocação havia dado certo. Ali fizeram uma espécie de dança, ela oferecendo as nadegas e ele toda sua virilidade por debaixo das calças. Estrearam a noite ali mesmo, num frenesi fumegante que ficaria pra sempre na memória. 

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Desejo consentido

Amanheceu sentindo sua espinha ser dedilhada, nua, acordou com os beijos que subiam até seu pescoço e arqueou o corpo oferecendo seu quadril, teve seus seios tocados enquanto fora penetrada, movida pela vontade que se empolgava a cada movimento. Seus cabelos foram puxados enquanto se sentia vazia novamente, a libido a contagiava. Agora era preenchida por algo que passou a vibrar dentro dela, e enquanto era possuída por sua própria vontade, esqueceu-se dos receios sobre seu corpo que tanto a preocupavam na véspera do encontro, estava entregue a qualquer proposta. Recebeu na pele um convite e permitiu-se ser também sodomizada. Um prazer duplamente indescritível. O suor escorria-lhe pelo corpo, suas mãos procuravam os lençóis que já faltavam na cama, os sussurros e gemidos se misturavam ao vazio, o frenesi a devorava intensamente. O desfecho se aproximava e não queria que acabasse, embora a razão já tivesse perdido o controle. O delírio a consumiu até perceber seu corpo ausente. Regozijou-se até sentir uma calmaria regada por afagos ao pé do ouvido e pelo peso de um corpo descansar sobre o seu, o que acalentada seu coração.

sexta-feira, 8 de maio de 2020

Insight

Me pediu para ir visitá-lo sem calcinha, na porta do apartamento à sua espera, me sentia como de fato estava por baixo da roupa, nua. Ele provocou minha libido e sua própria fantasia, cosumamos tudo ali, no mesmo segundo em que nos encontramos, nossos corpos se serviram de satisfação e nossas mentes de liberdade.

domingo, 3 de maio de 2020

Paloma e Angelica


Tudo começou com uma brincadeira, Angelica tinha se decepcionado com o namorado de anos com quem planejava casar. Tentava encontrar explicações no seu complexo de "corpo perfeito", ela era baixa e gorda e achava que esse era um dos motivos de ter sido trocada por outra garota. Paloma sempre a corrigia e dizia para a amiga que o que faltava não era o tal corpo que ela queria, que aliás era irreal, mas caráter no ex- namorado. Procurava elogiar e subir o astral da amiga.
Depois disso, Angelica não perdia a oportunidade de dizer a Paloma que não queria mais saber de homens, que estava cansada e perguntava - Quer namorar comigo? - Mas a amiga só levava o papo na brincadeira. Quantas mulheres já não haviam brincado com essa possibilidade?

Passaram a trocar gracejos e Angelica começou a admirar aquela independência e autosuficiência de Paloma, que sempre a fazia se sentir mais segura com sua presença e seu discurso de autoestima. Um dia saindo juntas do trabalho, Angelica parou numa praça que ficava no caminho do metrô e colocou a amiga contra parede, estava querendo levar aquela conversa a sério. Paloma cedeu e experimentou os beijos de uma mulher determinada e sedenta por amor.
Os encontros no fim do dia se tornaram rotina, depois também eram constantes aos fins de semana, até que os beijos e amassos não estavam mais satisfazendo as duas.
Paloma acabou ficando até tarde numa das idas até à casa de Angelica e depois de um filme num clima romântico, foi convidada pela amiga para sair do sofá e acompanhá-la até a cama, Paloma atendeu sem relutância. As duas se tocavam e se beijavam com a fome que vinha sendo alimentada há tempos. A libido que as cercava não cabia naquelas paredes.
Paloma tocou os seios voluptuosamente fartos que Angelica adorava exibir em diversos decotes para se autoafirmar, beijou e cheirou todos os cantos corpulentos e dobradiços dela, como se declarasse sem dizer sequer uma palavra, que ela era desejada sem obedecer a qualquer padrão, somente importava a vontade que sentiam uma pela outra. Pensava que quando chegasse a esse nivel de intimidade com Angelica, seria embaraçoso, dado o fato de tudo ser novo para as duas, mas o desejo em satisfazê-la era maior. Paloma ficou ali consumindo-a, até que pode sentir todo o gosto do prazer da colega transbordar em sua boca. Trocaram de lugar, e agora Angelica quem a fez sentir um gozo evoluído num grau ainda desconhecido das vezes que fora tocada por homens.
Era uma descoberta mútua em todas as vezes que se experimentavam. Certa vez, enquanto dividiram um quarto de hotel com um casal de amigos, eles na cama, elas nos sofá. Paloma subiu sobre Angelica, com movimentos pélvicos, as duas estavam sedentas com as pernas totalmente abertas, foi involuntário, encaixaram seus pequenos e grandes lábios tocando-se. Aquela sensação trazias-lhe um ápice antecipado. Angelica e Paloma pegaram fogo a ponto de chamarem a atenção do casal que se perguntou o que estava acontecendo. Mas elas pouco se importaram se estavam sendo observadas, continuaram a se esfregar e sentir o clitóris uma da outra, sentindo-se cada vez mais quentes, enfurecidas e embebidas por puro desejo, devoraram-se até se inundarem de recíproca satisfação.

Tornaram-se namoradas, pelo menos Paloma assim considerava, mas vivia se chateando com Angelica que trocava olhares com ela o dia inteiro, entregando a relação para os colegas de trabalho, mas soltava suas as mãos quando pisavam na rua. Foi concluindo que agora que alimentara a libido e a segurança de Angelica ela estava perdendo o interesse, partiram para brigas, ciúmes e traição velada, até que numa discussão Angelica admitiu que não queria assumir o que chamou de "aquilo", porque queria construir uma família e não era com uma mulher. Terminaram a relação e depois de mudarem de empresa foram perdendo contato, as sensações e as declarações de amor feitas sob os lençóis ficaram na memória, mas o resto não passou de uma aventura na vida das duas.

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Lara


Desde a primeira vez, eles se olharam com interesse mútuo, foram apresentados por uma amiga casualmente num passeio pela rua. No fim de uma festa Gustavo ofereceu carona e Lara aceitou, torcendo para que as segundas intenções que tinha fossem recíprocas. Na despedida um não sabia o que esperar do outro até que suas bocas se encontrassem. E daí em diante seus encontros eram sempre repentinos, inoportunos e descompromissados. Certa vez, durante uma festa familiar, enquanto todos estavam na varanda, se encontraram por acaso na sala, Gustavo estava acompanhado neste dia, mas mesmo sabendo que não seria correto se aproximar, já que também tinha seus enlaces pendentes, Lara não conteve seus instintos ao se ver a sós com ele no mesmo cômodo, dos olhares, foram para o beijo rasteiro no canto da boca e quando perceberam já estavam se atracando na parede. Eles chegavam do zero ao cem num segundo, os beijos incendiavam seus corpos, suas mãos se degladiavam sobre a roupa, queriam terminar ali, onde quer que estivessem, mas sempre havia um contratempo, alguém aparecia ou o tempo acabava.

Com o tempo entre desencontros e reencontros acabaram não concretizando seus desejos e cada um foi viver sua vida. Passados quase 10 anos sem contato, se revisitaram pelas redes sociais, não trocaram olhares, mas agora curtidas, conversavam sobre o dia a dia e chegaram a confessar os anseios não consumados. A rotina de cada um não colaborava muito, mas como antes, encontraram numa oportunidade o momento para se verem.

Depois de tanto tempo Lara não sabia o que pensar, suas mãos suavam, um tremendo frio na barriga, se sentiu uma adolescente, não sabia se iam agir timidamente depois de tanto tempo ou se atracar no primeiro olhar... após o trabalho se aprontou e alimentou a ilusão de que seria apenas uma prévia excitante, negando suas próprias aspirações.
Gustavo era a ansiedade em pessoa, parou o carro na esquina antes de estacionar, não sabia o que o esperava embora soubesse o que queria. Ele enviou uma mensagem avisando que chegara, ela o recebeu no portão com um cumprimento discreto. Entraram, assim que a porta da sala se fechou ele a segurou para um beijo meio atrapalhado, Lara cruzou as mãos em seu pescoço, admitindo sua vontade em encontrar aquela saudosa boca que tanto adorava, a dela era fina e pequena, a dele carnuda e macia. Aos beijos foram incendiando. Gustavo já estava perdido nos cabelos cacheados dela, o cheiro de Lara era o mesmo e sua pele tão macia quanto ele se lembrava. O furor era igual, nem parecia que ficaram longe um do outro por anos. A dona da casa o levou para o quarto, somente a luz do corredor ficou acesa, as sombras que formavam seus corpos trazia mais beleza àquele momento.
Ainda em pé à beira da cama, ela virou-se de costas e lhe ofereceu as nádegas e o pescoço, Gustavo a beijava da orelha ao ombro enquanto enchia suas mãos com os seios de Lara, que estavam cobertos apenas por uma camada fina de tecido da blusa que ela usava. Os dois refletiam reações opostas embora o desejo fosse o mesmo, ele declarava sua inquietude em cada gesto, era o mesmo garoto afoito de antes, ela roçava seu corpo no dele e se entregava calmamente percebendo o clima que emergia, parecia de novo a mulher uns anos mais madura que ele conhecia, Gustavo foi contagiado pela tranqüilidade de Lara, a deitou na cama e passou a tirar a roupa dela devagar, abaixou a alça de sua blusa e mordeu vagarosamente os mamilos arrepiados ainda encobertos, tirou o shorts jeans colado com que foi recebido chegando a calcinha que ela vestia, Lara inclinou a pelvis como se autorizasse sua retirada, enquanto ele descia as laterais da peça, admirou com a mão a umidade que a transparência do algodão entregava. Ele também se despiu enquanto era observado, debruçou-se sobre Lara, desenhou com a língua os lábios que ela deixara entre abertos, caminhou com os dedos por seus seios, desceu pela cintura e provou o nectar que já escorria por entre suas as pernas. Havia uma inversão de papéis, agora era ela quem ficava agitada contorcendo o corpo enquanto recebia as caricias de Gustavo que erguia o olhar para ver o furacão que criava. Ela arqueva o tronco e pedia para ser possuída, ele se entusiasmava ouvindo gemido de Lara que saía do controle do próprio corpo, até que ela explodiu na boca de Gustavo.
Se beijaram ferozmente, Lara primeiro lhe retribuiu as caricias íntimas, lambeu-o de seu membro aos testiculos, depois deitou-se e ergueu os pés travando-os na nuca de Gustavo convidando-o a continuar de outro ângulo. Ele se colocou dentro de Lara calmamente, ela sentia a rigidez dele em cada centímetro em que era penetrada, Gustavo a percebia extremamente quente, sentia calor de sua mucosa ainda retraída com o prazer que recebera pouco. Eram um só, e continuaram num só movimento. Lara sentiu as pernas fracas, as entreabriu para tocar-se enquanto sentia Gustavo enfurecer dentro dela, ora o encarava, ora fechava os olhos se deliciando. Ele enquanto via a loucura tomar conta dos dois, mudou de estratégia, saiu de Lara e então começou a passear com sua glande em volta dos pequenos e grandes lábios, idas e vindas se lambuzando entre o clitóris rijo e a entrada da vagina. Ela já estava louca e enfurecida, Gustavo a aguardou implorar para ser novamente possuída.
Lara virou-se de lado e se inclinou provocante, ele aceitou sua insinuação e a dominou, agora ela que ergueu o olhar para espiar Gustavo perturbado em seu próprio deleite. Ela ainda cavalgou nele e atingiu o ápice pela segunda vez, depois se colocou de bruços na cama e levantou as ancas para a satisfação de Gustavo. Ele a segurou e inseriu o pênis profundamente, colocou todo seu comprimento, ela alternava entre abraçar a cama e apertar e tocar seus seios. Eles estavam desnorteados, cobertos de suor e êxtase, foram ficando cada vez mais perdidos em seu desejo, Lara percebeu através do urro de Gustavo que ele chegava ao auge, ela se esfregava mais rápido, sentiu-se ser invadida pelo liquido morno da ereção de Gustavo e gozou deliciosamente junto com seu amante. Antes da calmaria se instaurar, Lara tocou em seu clitóris pulsante, Gustavo a sentia comprimir seu falo até ser expulso de dentro dela, virando mero expectador. Ela debruçada na cama, ficou de joelhos com o rosto enterrado nos lençóis, bamboleava em suas próprias mãos. Ele passou a beijar-lhe as costas, passar a barba em seu pescoço e sussurar palavras sujas ao pé do ouvido até que ela sucumbisse ao orgasmo completo.

Os dois descansaram um sobre o outro exaustos, mas a noite não acabaria ali, suas vidas eram um tanto complicadas, e já haviam perdido muito tempo com suas vontades adormecidas.

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Alice


Na noite marcada os três se encontraram numa padaria próxima a uma estação de metrô. No caminho Alice divagou sobre suas expectativas deste encontro: fazia um tempo que não via Alberto, era estranho saber que ele confidenciou à sua namorada que se interessava por ela. Maria tinha dito que eles tinham decidido juntos, concordaram em realizar o fetiche um do outro para movimentar a relação de 8 anos, uma terceira pessoa não era problema. Alice não era muito de pensar, aceitou logo a prosposta e foi de alma livre sem neura, até porque o que convenceu Alice, não foi estar com Alberto, mas sim com Maria.
Enquanto se aproximava Alice tentava aparentar normalidade diante dos dois que tomavam vinho e pareciam bem descontraídos. Nunca olhou a amiga de outra maneira, a não ser agora que parou pra observar o quanto sua acompanhante era interessante: seus olhos amendoados, sua boca carnuda e rosada, seus seios fartos e bem distribuídos no decote que usava... 
No Mothel o casal se pôs a frente para a entrada e escolha do quarto. Alice estava ali sem acreditar muito no que ia acontecer, depois de alguns goles de vinho, apareceu-lhe uma coragem adicional acompanhada de uma inquietude, uma calor que subia-lhe entre as pernas.
Entraram no quarto. Alberto logo decidiu tomar um banho e ficaram as duas sozinhas, Alice deu alguns passos a frente sem saber bem o que fazer e quando olhou para trás, se deparou com Maria quase nua, tirando a roupa, faltava-lhe apenas a calcinha. Elas se olharam e Alice ainda estava receosa, mas Maria se aproximou e a beijou como que num ataque ansioso para iniciarem de fato a noite. Caíram na cama e Alice se viu coberta pelos belos seios da amiga, além de fartos eles eram macios e estavam deliciosamente rijos enquanto os provava em sua boca. Elas se acariciavam e se beijavam por todo corpo, mas Maria parecia afoita para ter seus lábios entre as pernas de Alice. Como eram doces seus lábios, sentir a umidade de sua língua, a fazia ficar ainda mais molhada, quase não percebeu que estavam sendo observadas por Alberto, calado, ele já estava pronto e tocou a namorada para que ela soubesse que já estava presente, se beijaram com furor e ao deitar sobre ela, convidou Alice a retribuir os carinhos que acabava de ter recebido da amiga. Por alguns minutos Maria ficou refém dos dois, ora sendo beijada entre lábios de cima a baixo, ora sendo penetrada de joelhos por Alberto e tomada pelos seios por Alice, que passava-lhes os lábios, enchia a boca com os mamilos e se deliciava com os próprios dedos aos mesmo tempo.
Alberto teve seus momentos de deleite enquanto as duas se revezavam e se beijavam como se brigassem por seu falo. Quando chegava a vez de Alice ser penetrada, Maria parecia estar em êxtase como se estivesse esperando por esse momento, ela observou com clara satisfação a amiga se apossar do namorado. Alice não estava insensível mais percebeu-se alheia enquanto sentia Alberto dentro dela, viu-se um objeto dos dois quando foi abandonada por Maria que se voltou para o namorado, como que agradecendo a insanidade que tomava conta dela, agarrou seus lábios debruçada em seu peito, ele por sua vez a confortou disposto a fazê-la gozar em seus dedos.
Alice se empenhou em terminar a ação sobre Alberto enquanto o casal alcançava um frenesi intenso, os movimentos cada vez mais rápidos eram acompanhados pelos urros de satisfação. Alice se acariciou nos mamilos e reacendeu, continuou a cavalgar até que os dois estivessem alcançado o ápice e ela se considerado satisfeita.
Ofegantes o casal se uniu num abraço amoroso e caíram logo no sono.
Restou a Alice ficar ao lado dos dois se observando no espelho de teto, estava sozinha, concluiu que esteve sozinha ali em alguns momentos, não era uma intrusa, mas era somente uma convidada, a intensidade não tinha sido o bastante para ela. Se conectou novamente a seus mamilos que ficaram rapidamente rígidos, se acariciou a fim de atingir aquele prazer que ainda não alcançara, sentiu -se molhada facilmente com as lembranças recentes que vieram a sua mente e só descansou quando chegou ao fim do jeito que queria, se contorceu involuntariamente, em silêncio, mas do jeito que queria terminar a noite.

Sua relação com Maria voltou ao normal para sua própria surpresa, mas Alberto acabou o relacionamento algumas semanas depois, insistindo que não tinha coragem de trocar de papel e dividi-la com outro homem como havia prometido, quando decidiram realizar o desejo um do outro.

sexta-feira, 17 de abril de 2020

HELENA

Ela se pegou mais uma vez pensando no passado... não no tempo quase mórbido de um relacionamento de águas calmas e previsíveis, acompanhado do abuso velado e de um isolamento inevitável que viveu espontaneamente por alguns anos. Ela lembrava das vezes que sentiu seu sangue pulsar, sua adrenalina subir da cabeça aos pés... tentava procurar na lembrança aquela mulher que pareceu adormecida por um tempo.

Reviveu os tempos de faculdade... a agitação na rua, as reuniões no boteco da esquina... André e Carlos eram os donos, ótimos anfitriões, o primeiro cheio de histórias, o segundo calado e observador, talvez os únicos que ela tenha poupado dos seus flertes na época.
As conversas eram regadas às partidas de sinuca, muitos cigarros e copos de cerveja que atravessavam a madrugada em diversas noites... Ás vezes, olhares mais insinuantes dividiam a noite com as bebidas também mais quentes.

A filosofia ocupava a sala de aula e o balcão... tinha lugar pra tudo menos para a monotonia. Como se dizia entre um dos assuntos das aulas.... Helena era pura vontade de potência... na maioria das vezes saía vestida disposta a provocar e determinada a caçar, não por ninguém mas por si mesma... queria terminar a noite nua e acordar cansada e renovada em alguma cama alheia.
A maior aventura ela viveu num romance, talvez mais adequadamente se chamarmos de "caso".... foram alguns meses, os meses mais intensos que vivera... se envolveu em segredo. Ela sempre o observou, aliás sempre observava tudo. Agora não se lembrava exatamente o que mais chamava a atenção para ele, se toda a liberdade que aspirava em seus discursos, se os olhares que ele tentava disfarçar respeitosamente nas curvas e no comprimento das roupas ou nas digressões libidinosas que descobriu que ele escrevia. Provavelmente tudo isso, um conjunto interessante que ele trazia pro seu mundo das ideias, descobertas que ela sentia que devia provar.

Helena tomou um bom gole de café e acendeu um cigarro na janela, por um instante acordou pra sua vida de mãe solo e dona de casa, nunca se esqueceu dessa garota que alimenta a mulher que se tornou. - E o que é hoje Helena? - se perguntou. Está em construção como sempre, e apesar de não se regojizar de tudo que viveu, se orgulha de tudo que conquistou. Essa garota decidida habita Helena, sempre esteve lá, e parece que está renascendo de alguma maneira, agora mais madura e cautelosa, com novos anseios e receios sim, mas repleta de vigor.

Entre um trago e outro, o silêncio da madrugada a faz voltar pra sua aventura. Senta-se na poltrona próxima a ela, inclina a cabeça para cima e fecha os olhos... lembra-se das mãos que a tocaram, dos lábios que já provaram seu corpo, de como se dava a seu próprio prazer...
Se concentrou nas cenas que lembrava daquele que a ensinou entre os livros no seu pequeno e aconchegante apartamento. Podia sentir a brisa vinda da janela tocar sua pele, seus seios estavam acordando. Recordou, que não pela primeira vez, tomou a iniciativa, nessa época através de mensagens instantâneas pelo celular, ela jogou a isca através das palavras e colheu uma reposta surpresa, mas interessada. Reviu na mente os encontros cheios de fantasias e devaneios dos dois, às vezes começavam entre olhares num restaurante, ou nas provocações disfarçadas civilizadamente na mesa: -estou sem calcinha hoje- o que fazia Pedro ficar excitadamente desconcertado, enquanto a mão na cintura dela na porta do elevador fazia ela suar entre as pernas e sentir um frio na barriga sufocante.

No meio dessa ansiedade, Helena abriu involuntariamente as pernas... erguendo sua nuca ela sentia o ar gelado da madrugada e mordia os próprios lábios pensando nas palavras ditas ao pé do ouvido por Pedro enquanto tirava sua roupa repetidas vezes em tantas tardes e pernoites. Na primeira vez ele não sabia como tocá-la, não queria ser ousadamente agressivo como fora em seu último relacionamento em que atendia a desejos sádicos, então a observava encantado por sua jovialidade, preferiu espiá-la com consentimento acanhado durante o banho, ele adorava sua pele, um cor bronzeada que lhe era natural, seu olhar seguia o caminho das espumas de sabão que passeavam por entre as curvas de Helena, ela sempre foi corpulenta e tinha ancas que sempre a fizeram segura de sua sensualidade.
Na poltrona as lembranças já traziam sensações mais inquietantes, tocava seus seios eriçados e sua pele arrepiada enquanto revivia os beijos, os afagos, as loucuras e taras divididas entre os dois. Ora as histórias que ele adorava que ela descrevesse quando havia estado com outros homens, os detalhes do sexo e do gozo que havia permitido que lhe retribuíssem, ora os diálogos incestuosos e as criações pecaminosas e promíscuas, como num prelúdio à Dionísio que a fizera confessar o seu desejo por uma colega de classe, ou mesmo os detalhes que Pedro lhe contava do prazer que tinha de olhar para entre suas pernas e a perceber úmida em seus pubianos que ele adorava ver crescidos. O calor a tomava, já estava nua, se tocava pensando em todo furor que viveram entre quatro paredes, na melancolia que a cobria de ferocidade, nos lábios de Pedro percorrendo seu corpo, em cada palavra que dizia a ele sem preconceitos de como havia se sentido com outra pessoa, o deixando cada vez mais louco quanto mais detalhes ela descrevia, em como também enlouquecia com ele, enquanto a penetrava e a dominava, num frenesi que a essa altura já estava em seus dedos por entre suas pernas. Helena suava e sentia o ápice se aproximar ao mesmo tempo que não queria parar de sentir aquele prazer imensurável que já estava entranhado em seu corpo, a respiração ofegante, o gemido incontrolável que tentava abafar, ela sentia como se Pedro estivesse ali, ele adoraria observá-la se provar como já havia feito antes, ainda mais sabendo o que a motiva, admirava atos viscerais como este. Ela então sentiu o descontrole se aproximar freneticamente sequenciado à fricção de seu clitóris rígido, sentiu-se totalmente molhada, fazendo-a explodir num orgasmo que nenhum homem a fizera sentir na vida, nem mesmo Pedro, uma satisfação pessoal inimaginável.

Antes de dormir, mais um cigarro e dessa vez um pouco de vinho para esquentar o frio que tomou conta de seu corpo quando se percebeu despida com dia prestes a amanhecer. Helena concluiu que ela é dessas mulheres, donas de si na vida, e de quem elas quiserem na cama.