quinta-feira, 28 de maio de 2020

Desejo consentido

Amanheceu sentindo sua espinha ser dedilhada, nua, acordou com os beijos que subiam até seu pescoço e arqueou o corpo oferecendo seu quadril, teve seus seios tocados enquanto fora penetrada, movida pela vontade que se empolgava a cada movimento. Seus cabelos foram puxados enquanto se sentia vazia novamente, a libido a contagiava. Agora era preenchida por algo que passou a vibrar dentro dela, e enquanto era possuída por sua própria vontade, esqueceu-se dos receios sobre seu corpo que tanto a preocupavam na véspera do encontro, estava entregue a qualquer proposta. Recebeu na pele um convite e permitiu-se ser também sodomizada. Um prazer duplamente indescritível. O suor escorria-lhe pelo corpo, suas mãos procuravam os lençóis que já faltavam na cama, os sussurros e gemidos se misturavam ao vazio, o frenesi a devorava intensamente. O desfecho se aproximava e não queria que acabasse, embora a razão já tivesse perdido o controle. O delírio a consumiu até perceber seu corpo ausente. Regozijou-se até sentir uma calmaria regada por afagos ao pé do ouvido e pelo peso de um corpo descansar sobre o seu, o que acalentada seu coração.

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