domingo, 3 de maio de 2020

Paloma e Angelica


Tudo começou com uma brincadeira, Angelica tinha se decepcionado com o namorado de anos com quem planejava casar. Tentava encontrar explicações no seu complexo de "corpo perfeito", ela era baixa e gorda e achava que esse era um dos motivos de ter sido trocada por outra garota. Paloma sempre a corrigia e dizia para a amiga que o que faltava não era o tal corpo que ela queria, que aliás era irreal, mas caráter no ex- namorado. Procurava elogiar e subir o astral da amiga.
Depois disso, Angelica não perdia a oportunidade de dizer a Paloma que não queria mais saber de homens, que estava cansada e perguntava - Quer namorar comigo? - Mas a amiga só levava o papo na brincadeira. Quantas mulheres já não haviam brincado com essa possibilidade?

Passaram a trocar gracejos e Angelica começou a admirar aquela independência e autosuficiência de Paloma, que sempre a fazia se sentir mais segura com sua presença e seu discurso de autoestima. Um dia saindo juntas do trabalho, Angelica parou numa praça que ficava no caminho do metrô e colocou a amiga contra parede, estava querendo levar aquela conversa a sério. Paloma cedeu e experimentou os beijos de uma mulher determinada e sedenta por amor.
Os encontros no fim do dia se tornaram rotina, depois também eram constantes aos fins de semana, até que os beijos e amassos não estavam mais satisfazendo as duas.
Paloma acabou ficando até tarde numa das idas até à casa de Angelica e depois de um filme num clima romântico, foi convidada pela amiga para sair do sofá e acompanhá-la até a cama, Paloma atendeu sem relutância. As duas se tocavam e se beijavam com a fome que vinha sendo alimentada há tempos. A libido que as cercava não cabia naquelas paredes.
Paloma tocou os seios voluptuosamente fartos que Angelica adorava exibir em diversos decotes para se autoafirmar, beijou e cheirou todos os cantos corpulentos e dobradiços dela, como se declarasse sem dizer sequer uma palavra, que ela era desejada sem obedecer a qualquer padrão, somente importava a vontade que sentiam uma pela outra. Pensava que quando chegasse a esse nivel de intimidade com Angelica, seria embaraçoso, dado o fato de tudo ser novo para as duas, mas o desejo em satisfazê-la era maior. Paloma ficou ali consumindo-a, até que pode sentir todo o gosto do prazer da colega transbordar em sua boca. Trocaram de lugar, e agora Angelica quem a fez sentir um gozo evoluído num grau ainda desconhecido das vezes que fora tocada por homens.
Era uma descoberta mútua em todas as vezes que se experimentavam. Certa vez, enquanto dividiram um quarto de hotel com um casal de amigos, eles na cama, elas nos sofá. Paloma subiu sobre Angelica, com movimentos pélvicos, as duas estavam sedentas com as pernas totalmente abertas, foi involuntário, encaixaram seus pequenos e grandes lábios tocando-se. Aquela sensação trazias-lhe um ápice antecipado. Angelica e Paloma pegaram fogo a ponto de chamarem a atenção do casal que se perguntou o que estava acontecendo. Mas elas pouco se importaram se estavam sendo observadas, continuaram a se esfregar e sentir o clitóris uma da outra, sentindo-se cada vez mais quentes, enfurecidas e embebidas por puro desejo, devoraram-se até se inundarem de recíproca satisfação.

Tornaram-se namoradas, pelo menos Paloma assim considerava, mas vivia se chateando com Angelica que trocava olhares com ela o dia inteiro, entregando a relação para os colegas de trabalho, mas soltava suas as mãos quando pisavam na rua. Foi concluindo que agora que alimentara a libido e a segurança de Angelica ela estava perdendo o interesse, partiram para brigas, ciúmes e traição velada, até que numa discussão Angelica admitiu que não queria assumir o que chamou de "aquilo", porque queria construir uma família e não era com uma mulher. Terminaram a relação e depois de mudarem de empresa foram perdendo contato, as sensações e as declarações de amor feitas sob os lençóis ficaram na memória, mas o resto não passou de uma aventura na vida das duas.

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